BR-319 AM/RO

ATROPELAMENTO DE FAUNA SILVESTRE NA RODOVIA 319 AM/RO


No Brasil, a preocupação e a realização de pesquisas sobre atropelamento de fauna é recente, principalmente relacionada à preservação e conservação da fauna e do ecossistema afetado pela construção de estradas e rodovias. Por ser um tema atual, são poucos os estudos e a maioria deles se refere aos mamíferos. Tendo essa preocupação, o presente estudo monitorou e analisou dados preliminares das campanhas do Programa de Monitoramento de Fauna nos Segmentos A, B e C licenciados da BR-319, no período de 2009 a 2011. Para cada ocorrência de atropelamento foram registradas a localização geográfica (utilizando-se GPS), a identificação das espécies in locu. Os censos de atropelamentos começaram às 6h da manhã, percorrendo as seções da estrada em baixa velocidade (velocidade mínima = 20 km; velocidade máxima = 40 km), e todos os animais mortos foram registrados e fotografados. Análises preliminares de agupamento foram realizadas para observar o comportamento da composição e abundância das espécies nos Segmentos da rodovia estudados. 


Para as análises de composição foram usados dados de presença e ausência das espécies em cada Segmento, calculados através de uma matriz de distâncias euclidianas. Os dados de abundância foram agrupados utilizando-se o índice de dissimilaridade de Bray-Curtis, mostrando o quanto as comunidades diferem entre cada segmento. As análises mostram que a composição das espécies atropeladas no Segmento B é diferente das composições amostradas nos Segmentos A e C, enquanto para a abundância, foi detectada uma maior semelhança entre os Segmentos A e B. Esse comportamento pode ser explicado pela maior quantidade de atropelamentos nos trechos já asfaltados da rodovia (Segmentos A e B), onde os veículos andam em velocidades maiores do que no Segmento não asfaltado. Quando analisamos os dados por período de Seca e Chuva, observa-se uma tendência de não agrupamento entre os diferentes períodos hidrológicos demonstarndo que, provavelmente, a incidência de atropelamentos é semelhante nos dois períodos.

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Website: http://br319.ivig.coppe.ufrj.br/